O Estado brasileiro, por meio da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, reconheceu a anistia post mortem de Carlos Marighella, ex-deputado federal, cassado em 1947, e preso político em 1932, 1936 e 1937. A Portaria 2.780/2012, que ratificou a decisão, foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 8/11.
Eleito deputado federal constituinte na Bahia em 1946, o fundador da Aliança Libertadora Nacional (ALN), em 1968, foi alvejado por agentes do DOPS, ao supostamente resistir a prisão. Marighella foi assassinado em 4 de novembro de 1969, numa emboscada na alameda Casa Branca, em São Paulo.
O pedido de Anistia foi feito pelo filho Carlos Augusto Marighella e pela esposa Clara Charf. A família não pediu reparação econômica, apenas o reconhecimento da anistia política. Uma homenagem a Marighella foi feita durante a 53ª Caravana em Salvador, promovida em 5 de dezembro de 2011.
Durante a caravana, os conselheiros da Comissão, verificaram que o Estado interferiu em sua vida, privando sua liberdade ao prendê-lo e forçá-lo à clandestinidade e ao retirar sua vida.
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