A Guerrilha do Caparaó foi um importante movimento armado de contestação ao regime militar no Brasil.
Com a ascensão do governo ditatorial militar no Brasil em 1964, formaram-se vários grupos de contestação ao regime. Geralmente, esses grupos eram dotados de referências que seguiam a ideologia socialista. Na ocasião, o mundo encontrava-se polarizado entre capitalismo e socialismo no embate conhecido como Guerra Fria. O governo brasileiro havia assumido uma posição clara de alinhamento com o capitalismo estadunidense e de oposição às manifestações orientadas pela ideologia socialista.
O Movimento Nacionalista Revolucionário foi responsável por articular a Guerrilha do Caparaó. A ação foi coordenada para ocorrer na serra do Caparaó, localizada na divisa dos estados de Minas Gerais com Espírito Santo, tendo como inspiração o modelo de guerrilha que havia sido praticado em Sierra Maestra. O movimento ocorreu no Brasil entre 1966 e 1967. Inicialmente, a guerrilha era financiada pelo governo cubano, mas com a suspensão do auxílio, seus integrantes passaram a enfrentar dificuldades agudas. Foi preciso começar a roubar e abater animais variados para alimentação, chamando, assim, a atenção da polícia. Os serviços de inteligência do governo investigaram a fundo o movimento e o repreenderam no ano de 1967 através da ação da Polícia Militar de Minas Gerais. Quando o governo brasileiro agiu, os guerrilheiros já estavam em posição desfavorável e, praticamente, não foi necessário disparar nenhum tiro. Os vinte guerrilheiros foram aprisionados facilmente e alguns moradores da região também foram levados para investigação.
Com a desarticulação a guerrilha, as Forças Armadas brasileiras tentaram criar a imagem de criminosos comuns, desqualificando os guerrilheiros como revolucionários. Entretanto a polícia mineira provou que se tratavam de ex-militares. O exército e as Forças Aéreas se uniram, então, em uma grande operação para caçar outros guerrilheiros que pudessem ter restado escondidos na serra. Ninguém foi encontrado, mas a operação foi uma grande demonstração de poder do exército brasileiro para desencorajar outros grupos revolucionários espalhados pelo país.
Detalhes sobre o desdobramento de um dos acontecimentos mais marcantes do período ditatorial
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
MANDUKA - PÁTRIA AMADA IDOLATRADA SALVE SALVE
Mais um grande compositor que em suas músicas, como forma de expressão, demostrava o que sentia sobre a pátria e sobre o regime militar!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Vídeo que resume os prinipais movimentos de Luta Armada no Brasil
Este vídeo mostra os principais movimentos de luta armada no brasil durante o regime militar.
Faz escuro mas Eu canto
" Faz Escuro mas Eu canto
Faz escuro, mas eu canto por que amanhã vai chegar.
Vem ver comigo companheiro, vai ser lindo, a cor do
mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar,
porque amanhã vai chegar.
Já é madrugada vem o sol quero alegria.
Que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado defendendo o
coração.
vem comigo multidão, trabalhar pela
alegria.
Que amanhã é outro dia, que amanhã é
outro dia."
Poesia feita pelo poeta Thiago de Mello, que viveu fortemente o período da ditadura.
" A ditadura fora uma noite. Mas triunfara a manhã", confirmando a profecia do poeta Thiago de Mello: "Faz escuro, mas eu canto porque a manhã vai chegar" em 1979 a manhã chegou, finalmente. E a sociedade brasileira pode repudiar a ditadura, reincorporando sua margem esquerda e reconfortando-se na ideia de suas opções pela democracia tinham fundas autenticas raízes históricas."
Pode-se observar que esta poesia, é o que acreditavam aqueles que lutaram contra os militares, todos os grandes músicos, compositores e poetas brasileiros que marcaram aquela época pela forma com que se expressavam, pela esperança que buscavam, por uma liberdade de expressão, hoje são grandes nomes, se tornaram referencia no Brasil.
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A poesia do grande Thiago de Mello foi transformada em música e hoje é cantada por grandes cantores que marcam a musica brasileira.
Papel da música na luta armada
Quando o golpe militar foi deflagrado, em 1964, ironicamente o Brasil tinha na época, os movimentos de bases político-sociais mais organizados da sua história. Sindicatos, movimento estudantil, movimentos de trabalhadores do campo, movimentos de base dos militares de esquerda dentro das forças armadas, todos estavam engajados e articulados em entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), o PUA (Pacto da Unidade e Ação), etc, que tinham grande representatividade diante dos destinos políticos da nação. Com a implantação da ditadura, todas essas entidades foram asfixiadas, sendo extintas ou a cair na clandestinidade. Em 1968, os estudantes continuavam a ser os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos em suas entidades, passaram a ter voz através da música. A Música Popular Brasileira começa a atingir as grandes massas, ousando a falar o que não era permitido à nação. Diante da força dos festivais da MPB, no final da década de sessenta, o regime militar vê-se ameaçado. Movimentos como a Tropicália, com a sua irreverência mais de teor social-cultural do que político-engajado, passou a incomodar os militares. A censura passou a ser a melhor forma da ditadura combater as músicas de protesto e de cunho que pudesse extrapolar a moral da sociedade dominante e amiga do regime. Com a promulgação do AI-5, em 1968, esta censura à arte institucionalizou-se. A MPB sofreu amputações de versos em várias das suas canções, quando não eram totalmente censuradas.
Para censurar a arte e as suas vertentes, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam previamente, passar todas as canções antes de executados nos meios públicos. Esta censura prévia não obedecia a qualquer critério, os censores poderiam vetar tanto por motivos políticos, ou de proteção à moral vigente, como por simplesmente não perceberem o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura além de cerceadora, era de uma imbecilidade jamais repetida na história cultural brasileira.
Fonte: http://jeocaz.wordpress.com/2008/09/03/a-musica-brasileira-e-a-censura-da-ditadura-militar/
O dia que durou 21 anos
"O Dia que Durou 21 anos" apresenta os bastidores da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964 que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil. Uma coprodução da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares.
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